A campanha nacional de vacinação contra a gripe, que
começa nesta segunda-feira (15) e vai até o dia 26 de abril, oferecerá
imunização gratuita em 65 mil postos de saúde de todo o país, segundo o Ministério
da Saúde.
Em sua 15ª edição, a campanha tem como público-alvo
gestantes, indígenas, presidiários, profissionais de saúde, idosos com 60 anos
ou mais e crianças de seis meses a dois anos. Doentes crônicos e mulheres no
período de até 45 dias após o parto também devem receber a vacina.
Neste ano, vão ser distribuídas 43 milhões de doses da
vacina, que protegem contra três subtipos do vírus influenza: A (H1N1) –
conhecido popularmente como gripe suína –, A (H3N2) e B. Estes são os subtipos
que mais circularam no inverno passado, segundo o ministério.
O objetivo, segundo nota divulgada pela pasta, é vacinar
cerca de 32 milhões de pessoas pertencentes ao público-alvo. Em 2012, 26
milhões de pessoas foram imunizadas, o que representou 86,3% do público previsto
no ano passado.
“A vacinação é segura e feita com o objetivo de diminuir
o risco de ter doença grave e evitar o óbito. Ao mesmo tempo, as pessoas que
apresentarem os sintomas de gripe devem procurar o posto de saúde, porque tem
tratamento”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em nota oficial.
Com a inclusão de novos grupos na campanha de vacinação,
o número de pessoas consideradas público-alvo deve aumentar em 30%, saltando de
30 milhões para 39,2 milhões neste ano, diz a pasta.
Padilha ressalta que o governo federal quer estimular
estados e municípios a terem uma estratégia de busca ativa das pessoas que
pertencem ao grupo que pode ser vacinado. Há, inclusive, equipes que irão a
abrigos atrás de idosos que podem receber a vacina, disse Padilha recentemente.
No chamado “Dia D” da campanha – uma mobilização nacional
prevista para o dia 20 de abril, o ministro deve visitar Unidades Básicas de
Saúde (UBS) de São Paulo e do Rio Grande do Sul.
Novidade
A novidade de 2013 é que os doentes crônicos terão acesso
ampliado a todos os postos de saúde, e não apenas aos Centros de Referência de
Imunobiológicos Especiais (Cries). Para isso, é preciso apresentar apenas a
prescrição médica no ato da vacinação.
Pacientes já cadastrados em programas de controle de
doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) devem procurar os postos em
que estão inscritos. Caso a unidade de saúde que oferece atendimento regular
não tenha um posto de vacinação, a pessoa deve solicitar uma prescrição médica.
Os pacientes da rede privada ou conveniada também devem
ter prescrição médica e apresentá-la nos postos durante a campanha.
Sudeste
A região Sudeste, a mais populosa do Brasil, receberá
18,6 milhões de doses da vacina – só o estado de São Paulo ficará com 9,7
milhões.
Além de distribuir as doses, que custarão R$ 331 milhões,
a pasta informou que repassará R$ 24,7 milhões a estados e municípios para que
eles mobilizem a população e preparem as equipes de saúde da família. Segundo o
ministério, a campanha terá a participação de 240 mil pessoas.
Não causa gripe
O ministro Padilha esclareceu que o vírus usado na vacina
é inativo e, por isso, não causa gripe. Ele ponderou, porém, que, ao se
vacinar, a pessoa pode pegar outros tipos de vírus capazes de provocar um
resfriado ou uma gripe mais fraca. Existe, ainda, a possibilidade de o
indivíduo se vacinar no momento em que já se contaminou com o vírus, aí a dose
não terá efeito.
“Por isso, é muito importante aproveitar a campanha, que
é um período em que ainda não aumentou muito a circulação do vírus da gripe do
país”, afirmou ele recentemente.
Fonte: G1
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